05 dezembro 2007

A CIDADE E A CRIANÇA


Hoje, vasculhando minha infância perdida nas caixas de sapatos, ou jogadas entre as folhas dos cadernos da escola me vejo a imaginar uma cidade.
cidade imaginária real numa folha de papel.
não lembro bem quando, nem onde mas lembro que estava escuro e estava eu debruçado sobre uma folha de papel a tentar desenhar uma cidade.
a idéia era fazer uma cologem de vários desenhos e montar uma cidade gigante aos meus olhos.
cidade que só conseguia enxergar em partes fragmentadas mas que essa junção seria perfeita pois o entendimento dos meus sonhos de cidade se concretizaria.
visualizar uma cidade inteira desenhada por mim.
não seria uma cidade para o homem pois não teria eu condições de modelar tão bem os locais de convívio tão específicos a cada ser.
seria a cidade já existente feita pelos homens.
existente na memória.
memória que hoje falha.
deixa-me em apuros quando sinto que esqueci de algo mas não consigo lembrar.
logo imagino: "deve ser besteira, senão lembraria!!!";
porém, cada minuto passado, a importância das coisas esquecidas aumentam.
aí será que eu diria alguma coisa?
bem,
não lembro.

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